RDS do Tupé: Moradores da comunidade Julião participam de oficina sobre recursos hídricos

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Cerca de 30 moradores da comunidade Julião, que integra a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé, participaram no último domingo (31) de uma oficina sobre o ciclo da água e a importância dos recursos hídricos para o ser humano. A atividade fez parte das ações de popularização científica e tecnológica do núcleo Água e Saúde, coordenado pelo pesquisador do Instituto de Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Edinaldo Nelson Silva, que é financiado pelo MCT/CNPq (Edital No. 12/2006 - Difusão e Popularização de C&T). Com uma metodologia dinâmica e interativa, a oficina, conduzida por bolsistas e voluntários do núcleo, abordou o tema “água” dando enfoque em sua origem, o ciclo percorrido na natureza e a importância para o homem. “O objetivo é transmitir para os comunitários os conceitos básicos sobre água e verificar como está sendo realizada a utilização dos recursos hídricos na comunidade”, explica a bióloga Fabiane Ferreira, integrante do projeto. Para que os conceitos fossem realmente fixados pelos moradores, foram utilizados vários exemplos práticos para explicar a composição e os estados físicos da água. “Utilizamos desde uma panela com água em um fogareiro até a composição de moléculas de água com bolas de isopor”, afirma a estudante de pedagogia Luciana Nunes. O núcleo faz parte do projeto Biotupé, grupo de pesquisa multidisciplinar, e desenvolverá atividades com quatro comunidades da RDS, Julião, Agrovila, São João e Tatu, durante dois anos. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos comunitários reduzindo o número de doenças de veiculação hídrica. “ Nossa experiência de seis anos na área nos permite dizer que a maioria das doenças que acometem os moradores dessas comunidades está diretamente ligada à água consumida”, afirma o coordenador do núcleo, Nelson. Segundo Nelson, essa foi a segunda visita à comunidade do Julião, que já havia recebido o grupo anteriormente para a apresentação do projeto. A moradora Maria de Fátima Galvão apoiou a iniciativa do projeto. “Essas ações são muito boas inclusive para lembrarmos de assuntos que já tínhamos visto há muito tempo ou então para aprender coisas das quais ainda não sabíamos”, garante. Morador da comunidade há 44 anos, Álvaro Bastos, 54, afirma que os projetos desenvolvidos na comunidade ajudam no dia a dia da comunidade. “Vários cursos já foram feitos com os moradores daqui, além desse tipo de trabalho que nos faz refletir sobre nossas atitudes em relação ao meio ambiente”, diz. A oficina será aplicada também nas demais comunidades contempladas pelo projeto. Informações sobre as técnicas, conteúdos e material utilizado nessa oficinas será sistematizado e disponibilizado a quem tiver interesse em usá-los em atividades semelhantes. Na próxima visita ao Julião, marcada para o dia 28 de setembro, os integrantes do Núcleo pretendem também realizar uma oficina de fotografia e lançar um concurso de fotos sobre a temática da água. Por Layana Rios, jornalista voluntária do Projeto Biotupé.

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