Manhã do Segundo dia do VII Workshop do Projeto Biotupé

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Manhã de Sábado, 13/12/2008 Após todos acordarem e fazerem tudo que se faz em casa, só que com mais emoção, como tomar banho e escovar os dentes no rio, tendo uma vista fabulosa do lago, rio ou mesmo de Manaus que é visível quando o tempo está “limpo”, que era o caso desta manhã. Os interessados nas atividades programadas para esta manhã se dirigiram ao salão da Estação e as 9:00 horas foi dado iníco às aividades com a Luciana Nunes, estudante de pedagogia da UEA e bolsista do projeto anunciou que seria feito uma demonstração de uma das atividades de popularização científica que já realizamos nas comunidades através do Projeto Água e Saúde, com o objetivo de recapitular e fixar conteúdos já demonstrados em oficinas anteriores. A audiência foi dividida em quatro equipes e cada membro foi identificado com a cor do grupo. Após as equipes escolherem seus capitães e peões, estes últimos ficariam se movimentando no tabuleiro de acordo com o desenrolar do jogo, que consite de perguntas, tarefas, prendas e prêmios às equipes participantes. No auge do jogo tivemos que parar porque, sem perceber, já havíamos ultrapassado o nosso tempo e a programação prevista precisava seguir. Paramos, mas todos ficaram com gostinho de quero mais. Ficou demonstrado que é possível aprender brincando, ao ar livre e em equipe. 10:00 horas – Iniciamos as apresentações que viriam a se tornar um dos pontos altos do VII Workshop. Estas apresentações foram feitas pelos bolsistas de Iniciação Científica Jr., que são estudantes das escolas municipais São João do Tupé e Canaã II do Julião, participantes, respectivamente dos projetos de “Criação de tambaqui em tanque rede” e “Saberes Locais”. Bruna dos Santos de Oliveira, da sétima séria da escola Canaã II, iniciou sua apresentação dando uma visão geral sobre o projeto “Biotupé/Saberes Locais” e depois apresentou o seu projeto que é: “Doenças de Veiculação Hídrica na comunidade do Julião e a promoção do cultivo e uso tradicional de plantas medicinais para o seu tratamento”. Apesar de esta ser sua primeira experiência de fazer uma apresentação pública, Bruna saiu-se muito bem. Logo a seguir, Daline Santos dos Santos, também da escola Canaã II, apresentou seu projeto intitulado “Fenologia de 15 plantas de uso medicinal entre as mais importantes usadas na comunidade”. Daline também mostrou-se bastante segura e entusiasmada. É uma das estudantes que caminha na mata cerca de uma hora todos os dias desde sua residência até a escola. A seguir, Felipe de Lima Nolasco, apresentou seu projeto sobre “Germinação e cultivo das 5 principais plantas medicinais para o tratamento tradicional das principais infermidades que acometem a populacão do Julião”, também vinculado ao Projeto Saberes Locais. Finalmente, Marinete Campos Monteiro, também da escola Canaã II, deu um show de segurança ao enfrentar a audiência para apresentar seu projeto: “Ciclo das principais doenças e fenologia de 15 espécies de plantas medicinais tradicionalmente utilizadas na comunidde do Julião”. Os aplausos da audiência a todos os apresentadores foi a recompensa para a ansiedade e nervosismo típicos da primeira vez. A seguir iniciamos a série de apresentações sobre o projeto: “Uso dos recursos Naturais para geração de renda na RDS do Tupe: Cultivo de peixes em tanque rede, ecologica e conomicamente sustentável”. Monaliza Saiuri, fez uma explanação geral e esclarecedora sobre o projeto e a inserção dos bolsistas PIBIC Jr., nas atividades do projetos. Os jovens bolsistas da Escola São João do Tupé, iniciaram suas apresentações a seguir. Douglas Reis da Silva, foi o primeiro a apresentar o projeto “Consumo alimentar de tambaqui em tanque rede no lago Tupé”. Douglas, apesar de sua experiência para se apresentar em público porque havia participado do projeto “Jovens Repórteres”, quando teve treinamento e oportunidade para atuar como mestre de cerimônia em dois dos workshops do Projeto Biotupé, estava nervoso. Mas seguro quanto ao que está fazendo. Rosa Caroline da Silva, a Carol, veio após o Douglas e apresentou, sem problemas seu projeto: “Acompanhamento do ganho de peso do tambaqui em tanque rede no lago Tupé”. Foi uma apresentação segura e que também demonstrou que a bolsista está devidamente inserida nas atividades do projeto. Na sequência, veio o seguro e experiente companheiro de Douglas no Projeto Jovens Repórteres, Luiz Carlos da Costa Marinho. Luiz falou sobre seu projeto que é sobre o “Rendimento econômico da criação comunitária de peixes em tanques rede no lago Tupé”. Além disso, Luiz é o Diretor de Comunicação da atual diretoria da Associação do Moradores do Lago Tupé. Logo após, Nidoval de Souza dos Santos Junior, que também participou do Projeto Jovens Repórteres, apresentou seu projeto: “Conversão alimentar de tambaqui em tanque rede no lago Tupé”. Junior faz parte, junto com seus amigos bolsistas, da nova geração que pode garantir a continuidade da atividade de criação de peixes em tanque rede no lago Tupé. Encerrando esta série de apresentações veio o pequeno Carlos Eduardo da Silva, que falou sobre o “Monitoramento da qualidade da água no cultivo de tambaqui em tanques rede no lago Tupé”, seu projeto de pesquisa. A participação desses jovens nas atividades que desenvolvemos pode ser uma garantia que a comunidade terá condições de ter membros da comunidade devidamente treinados e motivados para levar a frente estas atividades, que hoje são executadas por seus pais. Como citei acima, estas apresentações acabaram sendo um dos pontos altos do projeto e uma demonstração que foi acertada a decisão de realizar o VII workshop na Estação Científica do projeto Biotupé, localizada no lago Tupé. 11:00- Nosso convidado, Dr. Valdely Kinupp, professor da Escola Agrotécnica Federal do Amazoas, falou sobre um tema importante para a Amazônia e os amazonidas que são “Plantas Alimentícias não convencionais na Amazônias: diversificação alimentar, fonte de renda e sustentabilidade”. Nestes tempos onde o conhecimento tradicional das populações amazônicas está sendo “queimado” junto com a floresta e suas áreas de vida. Locais onde estas populações secularmente sobrevivem e acumulam formas de vida e saberes que até hoje permitiram sua permanência nestes locais, esta palestra do Prof. Vadely foi também um dos momentos de grande interação e interesse dos participantes com o palestrante. O entusiasmo do professor contagiou a todos, além do seu grande conhecimento sobre o assunto. Após uma chuva de perguntas, comentários e explicações, fechamos com chave de ouro a programação da manhã do sábado.

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