Ministério do Desenvolvimento Agrário habilita o trabalho do Projeto Biotupé como Tecnologia Social

O Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) do Governo Federal aprovou recentemente trabalho executado pelo Projeto Biotupé, como “Tecnologia Social”, disponível no Portal da Cidadania (http://www.territoriosdacidadania.gov.br). O trabalho habilitado foi: Beneficiamento local cooperativo da polpa de cupuaçu. Resultado de projeto financiado através do CNPq pelos Editais CT-Agro 19 e 20, executado em conjunto com um grupo de comunitários da Comunidade do Julião na RDS do Tupé, na zona rual do município de Manaus, coordenado pelo Dra. Veridiana Vizoni Scudeller da Universidade do Estado do Amazonas. De acordo com a iniciativa, que tem o “objetivo de ampliar a visibilidade das experiências em inovação sociotécnica existentes no Brasil, o NEAD do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) inaugurou em 2008 a Chamada de Trabalhos em Tecnologias Sociais. Os trabalhos inscritos foram habilitados por uma comissão científica para participar do Fórum, um canal permanente de diálogo entre os autores/as habilitados/as. A Chamada não pretendeu hierarquizar as experiências mas se transformar em um instrumento para identificação, sistematização, divulgação e principalmente, de integração das pesquisas em Tecnologias Sociais O Fórum será virtual, permitindo a constituição de ampla rede de participantes e o compartilhamento de estudos, relatos e experiências entre os atores sociais envolvidos, como gestores, extensionistas, técnicos e assessores populares. O objetivo é organizar um sistema de gestão e difusão de conhecimento sobre inovação e tecnologia social na agricultura familiar, nos assentamentos da Reforma Agrária e nos Territórios da Cidadania. As experiências inscritas se referem a 6 eixos temáticos: moradia rural; biossistemas; agroecologia; aprendizagem e capacitação de redes sociais; difusão de metodologias de envolvimento pedagógico dos sujeitos no campo e Empreendimentos Econômicos Solidários. Como resultados, além de um catálogo dos trabalhos e a realização de uma oficina de integração, a expectativa é de que o Forum possa fortalecer as tecnologias sociais afins às políticas do MDA, além de fomentar o debate sobre inovações geradas pelos sujeitos do campo, criando mecanismos para o aperfeiçoamento de inovações sociotécnicas envolvidas na Lei de Inovação Brasileira.” Segundo a Dra. Veridiana, coordenadora do projeto, “foi possível demonstrar que os produtos da biodiversidade local e regional podem se constituir em benefícios reais para as comunidades locais. Além disso, ficou claro que com trabalho em grupo é possível aumentar significativamente a renda. Antes deste programa, a safra era comercializada vendendo os frutos in natura, de R$ 0,50 a 1,00/fruto, dependendo do seu tamanho, ou quando muito vendendo polpa extraída manualmente. Processo anti-higiênico e demorado, levando-se 4h para extrair 3 kg de polpa, vendida a R$ 2,50 o quilograma. Demonstrada a viabilidade econômica do processo, a organização do grupo e a gestão financeira do negócio são os desafios para o futuro.” Esta experiência mostra que esta atividade é viável econômica e socialmente, mesmo em condições adversas, como acontece na maioria das comunidades ribeirinhas. Falta apenas a persistência do grupo para superar as dificuldades iniciais e um apoio técnico para conduzir os trabalhos. O grupo de pesquisas Biotupé atua na RDS do Tupé desde 2001 desenvolvendo atividades de pesquisa, ensino e extensão. Mais informaçõe no site do projeto: http://biotupe.inpa.gov.br Se quiser conhecer nosso trabalho nas comunidades e fazer uma visita, entre contacto com a coordenação do projeto pelo telefone 3643-3291 ou pelo e-mail: projetobiotupe@gmail.com.

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