Seu Gricério, primeiro morador da comunidade, volta para o Tupé

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Como já dizia o ditado popular, “o bom filho à casa torna”. É na perspectiva de voltar a morar na comunidade São João, depois de cinco anos afastado, que o morador mais antigo da comunidade, seu Gricério Luis Ferreira, 86 anos, afirma ser o Tupé um dos lugares mais bonitos que conheceu em sua vida. Natural do Ceará e depois de morar no Rio Grande do Norte, Gricério conta que chegou em Manaus em 1943 para trabalhar como soldado da borracha. Foi estivador, trabalhou em olaria, foi pescador. Ainda com muita vontade de voltar para a sua terra, seu Gricério conheceu Sra Etelvina com quem viveu 45 anos e “só teve 12 filhos”, brinca o morador. O casal mudou-se para a comunidade São João, encontrando apenas mais três moradores, onde viveram juntos por muitos anos, até que a morte de sua esposa os separou. Após dois anos do acontecimento seu Gricério resolveu ir viver em Paricatuba, onde mora hoje com uma de suas filhas. Dono de um sorriso tímido, mas bastante contagiante, seu Gricério conta que ao olhar para o Tupé hoje em dia, vem a sua mente a imagem daquele lugar desconhecido, sem praia, sem visitantes, porém sempre muito bonito. A idéia de se abrir a boca do lago veio dos donos de olaria que visitavam o local, tentando mostrar que a pesca poderia ser uma forma de geração de renda para os moradores. A Petrobrás, quando faziam as suas pesquisas, e as empresas do distrito também incentivaram demais a abertura de uma área de lazer.

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